“Somos militantes desta transformação, protagonistas mesmo, contribuímos para essa história de progresso e de avanços do nosso país. Nós podemos nos orgulhar disso”, afirmou, escondendo que os oito anos do triste reinado de FHC foram de estagnação econômica, recorde de desemprego, precarização do trabalho e arrocho salarial.
Nesta fase do “Serrinha paz e amor”, até o senador-jagunço Sérgio Guerra, presidente do PSDB, fingiu-se de civilizado. Afirmou que a candidatura demotucana não será raivosa, mas que visaria “avançar e aprofundar as conquistas já obtidas”. Enquanto Serra e outros dissimulados alisaram, outros mais afoitos mostram as suas garras. Roberto Freire, o traíra do PPS, foi o mais agressivo, destoando da tática combinada – o que indica que persistem dúvidas sobre a linha da campanha.
Fugindo do confronto programático
A estratégica definida pelo comando demotucano, que tenta vender a imagem do candidato pós-Lula, realmente é de alto risco. Não dá para esconder o trágico passado de FHC, a sua “herança maldita”, nem para minimizar o papel do ex-ministro José Serra nos anos do tsunami neoliberal. Por mais que os marqueteiros tentem limpar a sua imagem, ele será visto como o “anti-Lula” – e não como o “pós-Lula”. As recentes pesquisas confirmam esta tendência, com o crescimento da candidata que de fato representa a continuidade do ciclo político aberto pelo presidente Lula.
Na prática, o notívago José Serra vive um profundo dilema, o que deve agravar as suas insônias. Sabe que não pode aparecer como um opositor hidrófobo ao governo Lula, que bate recordes de popularidade – esse papel sujo ficaria para os outros, principalmente para os seus amiguinhos da mídia. Por outro lado, ele precisa se diferenciar de Dilma Rousseff, a candidata de Lula. Sem programa e sem discurso, ele tentará comparar biografias, evitando o confronto programático.
Blefe ou lobo em pele de cordeiro?
O dilema parece insolúvel. Para o sociólogo Emir Sader, o presidenciável demotucano não terá como fugir do debate programático. “Dilma representa o aprofundamento do projeto de oito anos do governo Lula, ocupa o espaço da esquerda no campo político. Já Serra representa as mesmas forças que protagonizaram os oito anos do governo FHC, que implementou o neoliberalismo no Brasil, governo de que o próprio Serra foi ministro todo o tempo. São dois projetos, dois países distintos, dois futuros diferenciados, para que o povo brasileiro os compare de decida”.
No mesmo rumo, o historiador Luiz Felipe de Alencastro afirma que José Serra vai se atolar neste impasse. “Ele não pode elogiar o Fernando Henrique e não pode atacar o Lula. Que candidato ele pode ser? Qual é o seu terreno? Ele pode ser um blefe nesse sentido. Na campanha, vai ter de prometer continuidade para os programas do PT. Quando Sérgio Guerra disse que o PSDB faria tudo diferente, foi um desastre... Falou disparates e levou um cala-boca do partido”, explicou numa recente entrevista ao jornal Valor.
“Um blefe”, como afirma Alencastro; ou “um lobo em pele de cordeiro”, como alfinetou Dilma Rousseff numa certeira critica aos discursos dissimulados pelo José Serra? Ou ambos?
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4 comentários:
Sim, tio Lukas, concordo total, mas nesse caso o Serra tá certo. O Plano Real - ao qual o PT, já inebriado com a chance de assumir a presidência - foi dos caras. E é o que embasa o Brasil hoje. A estabilidade econômica foi a melhor coisa nacional de que eu tenha notícia. Lula ganhou a eleição na hora em que podia ganhar.
O FHC não fez nada. Somente estabilizou a moeda e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal. Pra quem é analfabeto, isso não é nada. Para quem entende um mínimo de administração pública e economia, é apenas 100%.
É, caro anônimo, o FHC foi dez e arrebentou com o meu salário de professora, com a aposentadoria do trabalhador, deu um monte de bananas para os pobres e privatizou tudo o que pôde.
Ele foi realmente des... desalmado , descarado, descompromissado com o povão,...
Para a professora anônima:
mas o seu salário não tem inflação (foi ele, o FHC, quem domou o dragão feroz da inflação, lembra?;
os aposentados estão são bem tratados é pelo Lula! Abra os olhos, professora e converse com o presidente da associação que dirige os aposentados - melhor mesmo é olhar o site do IBGE e a projeçaõ de ganhos nas aposentadorias no período FHC e Lula, tá lá, não acredite em mim, veja os números oficiais; bananas para os pobres é verdade: nunca a comida esteve tão barata no país, graças a combinação do Plano Real e o agronegócio (que aos petistas odeiam tanto)e não só bananas - e vamos parar com este argumento cretino de pobres e ricos e que por trás quer dizer que ser pobre o cara é bom por natureza e ser rico é ruim por natureza, e isso é bobagem; e graças à privatização tenho certeza que a senhora tem telefone celular, porque antes, quando o Estado administrava alguns setores, como a telefonia, que foram privatizados, o telefone era uma máfia e a senhora deve se lembrar.
O que falta, professora, é um pouco mais de estudo, conhecimento, não o ouvi dizer...
Mas até compreendo. Olha, eu faço assim: quando a remuneração não condiz com o que eu mereço, eu não trabalho e procuro outro que pague o que eu mereço. Se os trabalhadores fizerem isso - e ninguém trabalhar por menos do que merece - ninguém será explorado.Fui professor do Estado, concursado e tudo, mas quando comecei a viver com aquela remuneração e aulas de meia hora porque o sindicato quer, com o Estado descumprindo o básico - nem rampa tem na escola! - abandonei, fui embora. Sou professor em outro lugar, onde o ensino é sério. O Estado infelizmente - virou refúgio de ideologias rotas e ultrapassadas.
Coragem professora.
Serra foi um excelente ministro da Saúde e governador do maior Estado. O Lula deu sorte de ter feito um governo depois da casa arrumada. Caso queira se informar, o Ciro Gomes já deu a dica, está para estourar as contas públicas do Lula e de seu governo: o maior da história destepaíz.
Abraços querida.
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