6.10.06

Ig Nobel

Um dispositivo sonoro criado por uma empresa do País de Gales para enxotar adolescentes de lojas e shopping centers ganhou ontem o Prêmio Ig Nobel, concedido por uma revista de humor editada na Universidade Harvard (EUA) a pesquisas "que não poderiam ou não deveriam ser replicadas".
A firma Compound Security desenvolveu um aparelho chamado Mosquito que usa freqüências sonoras irritantes e muito altas, inaudíveis para maiores de 20 anos, que têm sido usadas no Reino Unido como "repelente de adolescentes". O mesmo princípio foi usado em um ringtone de celular vendido a adolescentes, que não pode ser ouvido pelos professores.
A dupla aplicação rendeu o Ig Nobel da Paz à empresa, por sua "contribuição à barreira intergerações". O já clássico Nobel do ridículo foi dado ontem numa concorrida cerimônia anual no vetusto Teatro Sanders, de Harvard, que contou com a presença de nada menos que sete Prêmios Nobel de verdade -um recorde desde que a honraria dúbia foi criada, em 1991.
Solução profunda.
O prêmio em Ornitologia foi para Ivan Schwab e Philip May, da Universidade da Califórnia, por terem explorado em dois artigos científicos (um deles na prestigiosa revista médica "Lancet") por que os pica-paus não têm dor de cabeça, apesar de baterem a cabeça contra árvores 12 mil vezes por dia com uma força 1.200 vezes maior que a da gravidade.
Em Medicina, o destaque coube a dois grupos de cientistas, um de Israel e outro dos EUA, que chegaram de forma independente ao mesmo tratamento para soluços persistentes: massagem retal digital com "lentos movimentos circulares". No estudo americano, de 1988, Francis Fesmire mostrou que, após 30 segundos de "tratamento", os soluços sumiam. O trabalho foi apropriadamente publicado na revista "Anais da Medicina de Emergência".

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