7.5.10

Navio



A madrinha do navio João Cândido, que será batizado e lançado ao mar hoje no Complexo de Suape, é a funcionária do Estaleiro Atlântico Sul, Mônica Roberta de França. Ao invés de escolher uma madrinha-celebridade, a Transpetro optou por uma personagem comum, que fez parte da construção do primeiro navio "made in" Pernambuco.
O navio leva o nome do marinheiro João Cândido, conhecido com Almirante Negro, que realizou o movimento que ficou conhecido como Revolta da Chibata (realizado em 1910, no Rio de Janeiro), contra os castigos físicos (chibatadas), aumento do soldo e melhores condições de trabalho na Marinha de Guerra.
Aceitas as reivindicações, os marinheiros depuseram as armas e entregaram os navios ocupados. Mas... era papo furado do então presidente Hermes da Fonseca. O líder da revolta, João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com alguns marinheiros que participaram da revolta.
Detalhe: a maioria dos marinheiros era negra. Agora, 100 anos depois, faz-se a homenagem e justiça ao Almirante.

2 comentários:

Anônimo disse...

So o governo Lula para reconhecer os desvalidos e humilhados na história do Brasil e homenageá-los com dignidade. Para sempre Lula!

Anônimo disse...

A maravilhosa música "O mestre-sala dos mares" de Joao Bosco e ALdir Blanc, homenagem ao Joao Candido, que era gaúcho.