De uns dois anos pra cá me tornei ouvinte assíduo de rádio AM. Tenho um Motobras na mesa de trabalho(?) que fica ligado o tempo todo, ja que passo umas 10 horas no quarto. Desisti de ouvir a CBN há cerca de um ano. Notícias da rede são tendenciosas e fazem eco à "grande imprensa", da qual ela se julgsa parte. Enfim, um braço da máfia midiática.
O único âncora decente é Roberto Nonato. Podem reparar.
Não dá pra aguentar Jabor, Hipólito, Leitão, Merval; momento disso, momento daquilo... momento do vinho!! Pra quem eles fazem rádio? Pra mim, não.
Heródoto Barbeiro, que antes era um cara sério, Sardenberg e sua risadinha escrota, Piotto (representante-mor dos tucanos na rádio)... enfim, um nojo. Parei.
CBN local... bom... Sem comentários. Também tem os "momentos" saúde, agrícola, tempo e temperatura... e propaganda. Não tem um programete que não tenha tenha "oferecimento". Mas, compreensível, tem que faturar, claro. Mas é muito escancarado.
Mas, vamos às AMs... Acordo por volta de 4 e meia. Às 5 zapeio entre o Toledo, na Atalaia;Marrom na Cultura, e o Paquera, na Banda 1 de Sarandi. Mas tenho curtido muito a tal "música raíz".
Marrom e seu "bazar" cativa ao extremo. Figuraça, consegue falar de feira-livre e pastel como se fosse a última novidade do rádio. Não tem pra ninguém. Noves fora que a gente ainda fica sabendo de alguma notícia em primeira mão.
Toledo tem uma programação padrão e inalterada (resultados das loterias, feira livre, mercado agrícola, resultado de futebol, horóscopo). No mais é falar que o governo é mentiroso. E uma musiquinha a cada 15 minutos. FUUUUUUU!!!
João de Barro, da Nova Ingá, não tem culpa por chamar mais propaganda do que tocar música. Gente fina, o João, mas não dá pra ouviro tempo todo. Zapeemos, pois.
Paquera, da Banda 1, é operador de som, mas vem mandando bem das 5 às 6, tocando apenas músicas antigas.
Depois entra o Geraldo Irineu, com meia hora de falação sobre bons costumes, família e moral (rsrsrs). Aí entra o repórter Paulo Cesar trazendo notícias policiais (o cara é muito bom). E dá-lhe o Geraldo enchendo linguiça, mandando abraço pra todo o mundo, até a troca de horário, às oito, quando, invariavelmente, leva um esporro do gerente da rádio que assume o horário (quase sempre cita o gosto do radialista pela vodka). Aí tem início um programa pra falar dos buracos de Sarandi e desancar o prefeito. Pra se passar ao largo.
Nadir de Souza, das 6 à 8, na Ingamar, manda ver música raiz. Voz bacaninha e simplona de tudo. Bem "jacuzinha". Adoro a moça.
Parte da tarde:
Marquinho Alves, das 2 às 3 toca mamão com açúcar, já avisando que das 3 às 4 vem música raíz. Como vice-prefeito foi uma negação. Como apresentador, puxou ao pai. Faísca e bom humor, tiradas inteligentes.
Geraldo Guedes, na Banda 1, vai das 3 às 4 e meia da tarde. Do Guedes, prefiro sua imitação do Cabecinha, que fez sucesso no programa do Geraldo Irineu, há meses. O programa do Guedes toca uns sertanojos e músicas manjadas.
Das 4 e meia às 8 vem o compadre Dioguinho, tarimbado que ele só. Era melhor, quando vinha apenascom música antiga, mas ainda dá pra encarar. Ruim quando ele vem com umas piadinhas manjadas. Aí é mudar de estação.
Agora... das 3 às 6, na Ingamar, entra o Luis Pereira, o caboclão. Pra mim o melhor. Se falasse menos, não teria pra ninguém. O cara é fera, engraçado e toca músicas antigas.
Devo ter me esquecido de alguém, já que escrevi o texto num ímpeto.
Um comentário:
O Luis Pereira é bom mesmo e você tem bom gosto. Também gosto dessas músicas mais pro lado caipira e sem maquiagem. Gostei demais desta postagem. Um rádio, daqueles antigos cairia muito bem como ilustração.
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