A cobertura jornalística da rápida internação do presidente segue um roteiro previsível. O alarmismo das manchetes iniciais garantiu uma atenção desproporcional ao problema. Durante a fase de expectativa, fotografias mostravam Lula fazendo caretas e exibindo sinais de fraqueza.[...]
Antes que parecesse redundante ou exagerado, inacreditáveis especuladores de rádio e TV faziam piadas sobre seus hábitos e ridicularizavam a cúpula do governo.
Mesmo constatada a desimportância do episódio, todos os veículos aproveitam-no agora para minuciosa exposição do presidente. Gráficos apontam suas vulnerabilidades, “especialistas” prevêem futuros sombrios, retornam as pechas do alcoolismo, do tabagismo e da obesidade. Parece que Lula foi destituído de nobreza e magnificência, restando apenas um pobre diabo que morrerá a qualquer momento (é um ensaio para o que Dilma enfrentará em breve).
(Guilherme Scalzilli- via Bodega Cultural)
Aqui em Maringá também tivemos coisa parecida. Léo Jr., em um programa que mostra atropelamentos e notícias de estupro na hora do almoço, também embarcou na onda do preconceito: "Será que colocaram muito sal na picanha dele? Ou será que ele tomou umas a mais? (fazendo o gesto de alguém bebendo). Repetiu a gracinha por duas vezes.
5 comentários:
Nada de novidade no caso.
A imprensa brasileira (com as exceções de sempre) comporta-se como "fofoqueiras" de plantão. Aliás, acredito que vão além, de forma muito parecida com uma peça publicitária de sandálias que está circulando nas emissoras de televisão - onde esposa diz sobre uma modelo - linda, bonitona, corpão, MAS deve ter pé chato.
O Brasil tornou-se autosuficiente em petróleo e detém a tecnologia de extração em águas profundas, MAS o presidente bebe umas e outras; O Brasil, além de não ter pedido mais recursos ao FMI, ainda emprestou dinheiro para tal fundo, MAS o presidente gosta de festa; O Brasil passou quase imune pela crise financeira internacional uma vez que diversificou muito seus parceiros comerciais, MAS o presidente passou não sei quantos dias viajando... e por aí vai.
Se eu fosse o Lula, seguiria o conselho de um velho amigo: quando alguém falar da sua vida, dê a essa pessoa um gato e diga olhando nos olhos de tal pessoa:
- Este presente vai ajudar você. Você tem uma vida e o gato, de acordo com a crendice popular, possui sete vidas. Logo, de agora em diante, você tem OITO vidas para se preocupar. Por favor, com tantas vidas, deixe a minha em paz.
E o "Kibeloco" chegou até a dar em primeira mão a morte de Lula no Recife. Eita imprensa sensacionalista viu!
Léo Jr. é dose. Só em Maringá mesmo. Tem gente que assiste e ainda dá credibilidade a esse beócio (e outros da mesma laia).
Mais informações no mesmo sentido visite certos blogs, inclusive colegas, e veja os posts e os comentários. T+
Domingos
Léo Jr... Como cristão, a gente achava que ele ia seguir um caminho bem diferente no jornalismo, caminho que pudesse edificar seus telespectadores. Mas prerferiu seguir o patrão.
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