18.11.09

Humildade e humor:

Do Balaio do Kotscho:

(...) P
essoas muito alegres não são necessariamente felizes _ e vice-versa. Grün e Dufner nos ajudam a entender a diferença entre estes dois sentimentos _ a alegria, voltada para fora, e a felicidade, para o consumo interno. Uma passagem [do livro Espiritualidade a partir de si mesmo] que está na página 113 , nos indica os caminhos:

(...) Uma espiritualidade que se deixa orientar pela humildade não faz de nós pessoas que se diminuem artificialmente, que pedem desculpas pelo fato de estar no mundo. Pelo contrário, a humildade leva à verdade interior, à despreocupação e ao bom humor. No humor está presente a antevisão de que tudo pode existir em nós, de que somos feitos de barro e que, por isso, não podemos nos espantar com nada que é terreno.

No humor, reencontramos a reta medida de nós mesmos e nos libertamos por inteiro do emocionalismo em que tanto gostamos de nos sentir os tais.

De todas as formas de humor, a mais simples para alcançarmos a felicidade que, ao final das contas, é o objetivo primeiro e último de todos nós nesta terra do bom Deus é, a meu ver, a autoironia ou autogozação, como queiram. É a capacidade que temos de rir de nós mesmos, brincar com nossos defeitos, em vez de sofrer com eles.

Penso que existe a boa humildade, que é altiva na alegria, por conhecermos nossos limites e não querermos ser mais do que somos, satisfeitos com o que temos.


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