Fui lá no funeral de um amigo. O enterro seria às 5 e meia da tarde. A mais novinha (que eu não conhecia) tentou apagar uma vela e, de imediato, foi repreendida. O pai ali, inerte, e ela tentando apagar uma chama. Pura inocência.
A mais velha (deve ter uns 10 anos) aproximou-se de mim e não sabia o que fazer. Me abraçou e eu também não tinha noção de como me comportar ou o que falar. Conheço-a desde que tinha cinco anos. Grudou em mim, sorrindo, sem saber o que realmente estava acontecendo.
A gente sempre se encontrava nas noites de domingos numa lanchonete perto de casa; ela ,o amigo, minha mulher e eu. Ela sempre pedia um X-salada e uma Coca. Sempre dengozinha e com rostinho de anjo. A Isa, de brincadeira, quase sempre dava uma mordida no lanche. E o nosso amigo ao lado, olhando e dando risada e passando a mão na cabeça dela.
E a gente conversava e ria e ria e ria.
Nunca mais, agora.
3 comentários:
É caro Lukas. Com o passar dos anos vemos amigos se desfazendo do nosso círculo social... é uma pena.
E LUKAS , E VC PERDEU ALGUNS X SALADAS COM ISSO.
NAUM CHORE PELO X SALOADA DERRAMADO
aquela musica do IRA serve bem pra estas horas:
É QUANDO TEUS AMIGOS TE SURPREENDEM, DEIXANDO A VIDA DE REPENTE, E NÃO SE QUER ACREDITAR...
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