30.3.09

O Bulga entende

Não tenho o hábito de reproduzir comentários dos noqueiros aqui no Casa, mas esse achei muito bacana. Esse é o Marcelo Bulgareli (o Buguinha, segundo a Ana). Meu amigo. Feito eu, um cara despojado, que quer viver a vida na paz. Obrigado, Buguinha.

Maringá tem vergonha de ser provinciana. E faz sentido. Digo isso pelas críticas a um simples post que o Lukas postou na Casa do Noca.O antenado Rigon, como de costume, reproduz o mesmo texto e o circo pega fogo. Ou seja, muda-se o contexto do post e o pessoal ao invés de criticar o texto no blog do cartunista, prefere mostrar frustrações, recalques e equívocos em outro blog.
Por um lado, isso é bom. Mostra que não há nada mais provinciano do que ataques anônimos. Mas tudo bem. Vamos tentar entender esses anônimos que gostam de trabalhar muito para ficarem ricos. Porém, são péssimos capitalistas. Ou melhor, escravos frustrados. É que todo capitalista sabe que o valor do mercado, hoje em dia, é o talento.
Cada um tem seu preço. Posso fazer mil cartuns em oito horas e não receber o suficiente pra isso. É porque não tenho talento para ser cartunista. Tenho que me conformar com isso e pronto. Lukas diz que trabalha três horas. Mas ele é o Lukas. E Lukas só temos um.
Logo, ele deveria ganhar, muito, mas muito mais. Porém ele prefere viver com o suficiente para ter aquilo que todos tem direito: uma casa digna, arvores com a boa fruta, cães felizes que não pedem nada em troca, uma esposa companheira, um fusca, uma bicicleta, papéis e nanquim.
E outra coisa: ele não trabalha só três horas. São muitas horas por dia.
Ou alguém acha que criar um cartuns é como fabricar caixas de sapato ou comentários anônimos? Ou alguém acha que artista bate cartão e tem capataz controlando a produção?
Sim, meu caro. Qualquer um pode trabalhar apenas três horas. Mas tem que ter talento.
É como jogar bola: milhares jogam, alguns recebem por isso,poucos recebem milhões. É que Lukas uma das pessoas mais inteligentes que conheci nessa cidade.
E ainda teve um anônimo dizendo que ele não faz críticas em seus cartuns... Não há nada mais demolidor do que o humor e os cartuns do Lukas são o verdadeiro editorial de O Diário.
E quem quiser mais, dê um pulo no blog dele. Se ele é coerente? Bem, ainda não encontrei sequer uma pessoa coerente na minha vida. Até tentei encontrar coerentes na história universal, mas Jesus pecou e Hitler gostava de cães e de música.
Gente: vamos viver mais. A vida é curta, a felicidade também. Dinheiro não é bom nem ruim. É apenas útil. Só isso. E os anônimos e escravos frustrados que me perdoem, eu sou fã desse cara. Bulga(Um (ham)burguês que também gosta de cachorro quente)

8 comentários:

Anônimo disse...

Só uma resalva: Jesus não pecou!!

Marco Fabretti disse...

assino em baixo (tá, não do cara que curte jesuis)

Anônimo disse...

Não há problema algum em se querer viver deste ou daquele jeito. Entre o voto de pobreza e a opção de se tornar um executivo que trabalhe doze ou quinze horas por dia, há uma infinidade de "modus vivendi". Cada um sabe até onde vai e até onde quer ir. O grande problema nisso tudo, Bulga, é a utilização de termos como "nababo", "escravo", "classe dominante" para se referir àqueles que ralam estudando e trabalhando e que optaram por ter um pouco mais de conforto em suas vidas. Nem todo rico é ladrão. Você sabe disso. O Lukas, que estudou pouco, não sabe. Maringá está crescendo. Ótimo. Quantas pessoas queriam crescer e cresceram com ela ? Para quem não quer "crescer", temos Mandaguari ali do lado... Que bom que Lukas é feliz do jeito que vive. Então, peça para ele parar de se fazer de coitado, dizer que mora em barraco, que anda de fusca, que tem três calças jeans e dois sapatos. Nietzsche dizia que aqueles que caem devem ser pisados (antes que algum adolescente se enfureça, o autor era filósofo, não era do PIG, seja lá o que for isso, ou do PSDB). O que dizer, então, daqueles que se jogam para ficar reclamando ?

Anônimo disse...

pena q alguns posts são deletados...

Anônimo disse...

A propósito do que se escreveu às 19:47h.

Realmente há diversas opções de se viver, inclusive diversas definições de "se ralar". Passar horas estudando garante um pouco mais de conhecimento, mas não confere sabedoria. Deste modo vale afirmar que os jargões "classe dominante" e "perdedor", "gentinha" são adjetivos usados por pessoas de classes sociais opostas e de forma pejorativa.
Quem tem razão ao desqualificar o próximo?
Se as notícias do PIG, que o escrevente não sabe o que significa, lhe agradam, os escritos e cartuns do Lukas me caem como uma luva.
Ótima defesa, Bulgareli.
Parabéns, Lukas

Anônimo disse...

Quer saber de uma coisa. Que se foda.

Cada um vive do jeito que goste, ou que possa, mas cada um que fale o que pensa.

Se não gostou passa reto. Ou para e vem pro pau.

Eu trabalho mais ou menos 80 horas por semana. Ganho até bem. Mas não gosto nem um pouquinho disso. Preferia trabalhar menos. Na verdade preferia nem trabalhar. Quem fala que gosta de trabalhar e porque geralmente não faz merda nehuma. Tipo funcionário da UEM, etc.

Agora falar que fazer esses rabiscos aí do Tio é trabalho, ou que jogar bola é trabalho, isso não. Isso aí é um ajunamento de dom, com um bom tanto de sorte. Porque o cara ganha prá fazer o que gosta. Isso é, ganha prá se divertir.

E tenho dito. E tenho Zé. E tenho tonho.

Anônimo disse...

Trabalho dez horas por dia, ganho R$ 19.00,00 por mês e estou feliz da vida, rindo dos perdedores, como os dois aí de cima.

Anônimo disse...

Quem não gosta, não leia.`
É bem simples, não percam tempo.
E pelo que alguns estão escrevendo "tudo que vale é dinheiro e poder".