Ripei do blog Tudo em Cima, do ótimo André Lux. Pra ler até o fim, com bastante calma e atenção.
Giuseppe Cocco, 52, cientista político, doutor em história social pela Universidade de Paris, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
No Brasil, as vivas polêmicas suscitadas pelo caso Battisti foram e são atravessadas por dois grandes vieses. Obviamente, um deles tem origem na Itália. O outro, só um pouco menos óbvio, é fato da conjuntura política brasileira.
A violenta reação da classe política italiana à decisão brasileira de conceder “refúgio” a Battisti tem dois determinantes. O primeiro diz respeito à composição fortemente reacionária do atual executivo italiano presidido por Berlusconi. Se o berlusconiano ministro do exterior, Frattini, chamou de volta o embaixador, foram os pós-fascistas a ameaçar com a suspensão do “amistoso” de futebol entre Brasil e Itália; e um deputado da "Lega Nord" a declarar que o Brasil é conhecido por suas “dançarinas” e não por seus juristas.
O segundo determinante diz respeito à composição da classe política italiana considerada em conjunto. Até o Presidente italiano, apesar de seu pouco peso (o regime italiano é parlamentar, e quem 'manda' é o Primeiro Ministro), o pós-comunista Napolitano, protestou veementemente e de maneira deselegante, em carta aberta ao presidente brasileiro.A cobertura da grande mídia brasileira não traz nenhuma novidade.
Quando se trata de Bolívia e Equador, ela prega firmeza e critica a postura conciliatória do governo brasileiro. Quando se trata de Itália, ela repercute (e dá legitimidade a) a pressão italiana, sem nenhuma preocupação com a firmeza “nacional” que a mesma mídia prega nos outros casos. A elite é isso mesmo: “forte com os fracos e fraca com os fortes”
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Um comentário:
A intelectualidade de esquerda - que mofa hoje nas universidades brasileiras ou que está em cargos de confiança em Brasília - confunde o mérito das questões que lhes são postas sempre que isso lhe é conveniente. Soberania nacional é não permitir que o patrimônio brasileiro seja expropriado "mano militari" pelas republiquetas referidas no artigo. O que Tarso está fazendo é revogar princípios comesinhos de um acordo feito em Roma em 1998, o qual criou o Tribunal Penal Intenacional e que impôs ao Brasil não dar guarida a terroristas - de esquerda ou de direita. O autor desse artigo, vale constar, é motivo de piada no meio acadêmico culto e melhor informado.
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