13.1.09

Tamos nem aí

De leitor da folha de sampa desta terça-feira:
"Minha decisão foi tomada: não ligar a mínima para a reforma ortográfica, tão alardeada pela imprensa, com páginas e páginas inteiras dedicadas a última trapalhada dos gramáticos e filólogos.
Na minha opinião, a obsessão pela reforma, na linha do mais estrito purismo e da mais rigorosa observância, demonstra certo farisaísmo por parte dos reformadores, a fixação na letra da língua, em lugar do amor ao espírito do idioma.
O escritor de verdade tem com a língua uma relação carnal, de amor e ódio, e o resultado é o uso criativo da palavra, sem prestar maior atenção aos tremas, aos hifens e aos prefixos.
Miguel Reale ensinava que o direito é um tripé constituído de fato, valor e norma. O mesmo se pode dizer da língua.
Pois o reformista, em sua ânsia de purismo e estrita observância do formalismo gramatical, faz abstração do fato e do valor da língua, ficando só com a norma abstrata, fria, formalista e farisaica, como insisto em dizer e repetir."

(O cara é dos meus)

Um comentário:

Anônimo disse...

Escreveu, leu, ficou bonito? Ta certo!!