7.10.08

Maria preta

Raminho de Maria preta, frutinha silvestre que, ao lado do Joá, eu pegava onde hoje é a UEM, lá por 1970. Colhi há pouco num terreno aqui perto do barraco. Os passarinhos "plantam" os arbustos. E não é que volta e meia eu vejo um pessoal de idade pegando as bolinhas pra comer?
Repetindo: o pessoal de idade.
Eu peguei só pra escanear e colocar no blog.

7 comentários:

Anônimo disse...

Maria-pretinha
Solanum americanum Mill.
Solanum nodiflorum Jacq.
Solanum caribaeum Dun.
Solanaceae

Planta herbácea anual, reproduzida por semente. Folhas alternas, pecioladas, ovaladas ou rômbicas, com até 7cm de comprimento de coloração verde. Inflorescência axilar, com um pedúnculo de cujo ápice sai uma umbela ostentando até 6 pequenas flores. Flores com cálices de coloração verde com 5 lobos agudos; o cálice persiste até a maturação dos frutos. Corola com 5 lobos lanceolados, brancos ou com leve tonalidade purpúrea. O fruto é um solanídio globoso de cor verde quando imaturo e preto brilhante quando maduro. Cada fruto encerra de 50 a 100 sementes. A planta aceita bem condições de climas tropical, subtropical ou temperado, mas para um bom desenvolvimento exige solo fértil, rico em nitrogênio e com boa umidade. Na parte meridional do Brasil a planta é encontrada da primavera ao outono e recebe os seguintes nomes populares: "erva-moura", maria-preta, maria-pretinha, pimenta, pimenta-de-galinha, pimenta-de-rato, pimenta-de-cachorro, erva-de-bicho erva-mocó, aguarágua, aguaraquiá, guaraquinha e caraxixú.

Essa planta faz parte de um grande complexo de plantas assemelhadas e é uma espécie muito próxima de Solanum nigrum, embora sendo de origem distinta: Solanum nigrum é nativa na Europa, enquanto Solanum americanum é nativa no Continente Americano. Com relação a Solanum nigrum, tem sido separadas diversas variedades, inclusive tem sido selecionadas plantas de frutos maiores para aproveitamento econômico. Solanum nigrum foi introduzida na América do Norte, onde ocorre ao longo de uma faixa da costa oriental. Há referências sobre a presença no Brasil, mas provavelmente trata-se de confusão com outra espécie.

As duas espécies são assim caracterizadas: Solanum americanum - Inflorescência em umbelas com até 6 flores, cujos pedicelos saem todos de um mesmo ponto (o que na prática nem sempre acontece). Anteras nunca com mais de 2mm de comprimento. Folhas de coloração verde pouco intensa. Frutos com 50 a 100 sementes. Solanum nigrum - Inflorescência em umbelas com 5 a 10 flores, em umbelas imperfeitas com alguns pedicelos saindo abaixo do ponto apical do pedúnculo. Anteras com até 2,6mm de comprimento. Folhas de coloração verde-escura. Frutos com 15-60 sementes. Na prática essas diferenças não são consistentes. Temos encontrado no Brasil muitas plantas com inflorescência em umbelas imperfeitas, as diferenças de frações de milímetro no comprimento das anteras não parecem relevantes e a coloração das folhas depende do estado nutricional da planta. A separação mais aceitável seria a geográfica, mas é quebrada pela dispersão.

Solanum americanum apresenta compostos com efeito narcótico, sedativo e analgésico, e por isso tem sido usada na medicina popular, na forma de decoctos, macerados e cataplasmas. Os frutos maduros são comestíveis, sendo apreciados por pássaros. Na África e nos Estados Unidos, os frutos da espécie Solanum nigrum têm sido usados para a fabricação de geléias. Nos Estados Unidos selecionaram-se plantas de frutos maiores, conhecidas como "wonderberry" e "huckleberry", que são usados em substituição eventual a outros "berries", para as famosas tortas tipo "berry-pie". Frutos verdes e outras partes da planta são tóxicos. Nos frutos encontram-se alcalóides, como solasodina. Folhas e ramos também apresentam alcalóides, mas a toxicidade para animais deve derivar mais de um alto teor de nitratos. Ela também é infestante em diversas culturas e, além da competição, pode causar outros problemas. Por exemplo, em cultura de ervilhas, os frutos são colhidos junto com as sementes da cultura, sendo quase impossível a separação; os verdes são tóxicos e os maduros tingem os grãos colhidos.

Tee disse...

Deixa sua Senhora saber que você anda comendo a Maria Preta nos terrenos do borba

Cristiane disse...

Ei, eu comi muuuita maria-preta quando era criança... e eu não sou velha não!!! rs...

Anônimo disse...

hehehe
Ontem mesmo fui a Viçosa, Minas, no sítio dos meus pais e devorei um galho farto de Maria-pretinha! Na volta para BH dormi um bocado! Ainda bem que não estava dirigindo e sim meu marido!
Jacqueline Salgado - Belo Horizonte

Anônimo disse...

Legal, bem útil e cômico seu site. Acabei de ter certeza, pela foto, a qualidade de fruta rara em meu quintal.

grato

Gica Rodrigues - designer. disse...

Eu cresci escutando estórias sobre essa frutinha!! Minha mãe e minhas tias encontravam no mato, na cidade do interior onde viviam, e comiam muitas, dizendo que ficavam "embriagadas" por conta do sabor adocicado e o sol quente rsrssrs
Muito bom saber mais informações!

Abraços!

Zu disse...

Parabéns pela explanação sobre a

planta. Quanto a ser idoso ou jovem,

todos a saboreiam felizes. Tenho

certa desconfiança que você também.

Zu.