25.9.08

Capa da Veja

Essa passou batido porque eu não leio a Veja. Mas o Azenha pegou legal. A capa da Veja pressupõe que Tio Sam tenha salvado mesmo àqueles que não precisavam de salvação. Eu, por exemplo, que não ganhei dinheiro com a especulação de Wall Street. Ou você que me lê.
O argumento é mais ou menos o seguinte: mesmo que você não se importe com isso ou que não acredite nisso, foi salvo pelos Estados Unidos. O dedo na cara do leitor é uma forma de intimidação intelectual muito cara aos neocons norte-americanos. Lá na metrópole eles estão desmoralizados, mas aqui resistem bravamente e intimam o leitor: "Acredite em mim ou você vai se dar mal!"
O jornalismo de Veja é o equivalente brasileiro do realismo socialista ou do realismo fantástico. Nele tudo o que Evo Morales fizer representa atraso; tudo o que vier de Washington representa avanço. Verdade factual?
Quem quer saber dela se podemos fabricar nossa própria verdade? Luís Nassif definiu como parajornalismo, que é do que se trata: a criação de uma realidade paralela, em que Daniel Dantas é um empresário perseguido pelas forças maléficas do Estado brasileiro, Gilmar Mendes é o defensor dos fracos e oprimidos, os petralhas vagam pelas avenidas feito chupa-cabras.

3 comentários:

Anônimo disse...

A revistinha sem vergonha "óia" está contando uma estória para neocons se mastubarem!!! Coitados vivem no mundinho de fantasia e clara tudo pelo amor ao jornalismo do idealismo "I want many money???

Tee disse...

como sempre, RIDICULO!

Anônimo disse...

Posso confessar (quase envergonhado) uma coisa? Tenho dois cunhados que lêem essa tal ARGH! revista. Um lê e empresta pro outro. Casa do Noca? Não eles nem imaginam quem isso exista.