Esse é o jornalismo da rádio que troca a notícia

O que segue abaixo é um novo formato de jornalismo humorístico, que parece desconhecer a linha tênue que separa o bom-humor da pilhéria grosseira. Um dueto “neocon”, com insinuações de duplo sentido.
Heródoto- Bom dia, Miriam.
Miriam - Bom dia, Heródoto, bom dia, ouvintes.
Heródoto - Miriam, o que você acha dessa declaração do presidente?

O áudio traz um trecho da fala do presidente Lula: “Do ponto de vista do crescimento econômico, por que Deus nos fez grudados, por que coloca um homem e uma mulher juntos? Para que cada um olhe para um lado? Não, é para se olharem".

Heródoto retoma a conversa:
- Será que nós estamos falando de casamento, Miriam?
Miriam - Pois é, que coisa intensa, né? Uma declaração intensa do presidente Lula, né? Porque Deus nos fez grudadinhos...
Heródoto - risos.
Miriam - Aí chegou um terceiro que não foi convidado. Isso é que foi chato, isso é que foi muito
Heródoto - risos.
Miriam - Muito chato.
Heródoto - risos.
Miriam - Tava rolando o maior “climão”. Aí chegou o Hugo Chávez. Cara, esse cara não tem simancol!.
Heródoto -Não tem, né (risos)? Tamos aqui. Olha nós aqui outra vez.
Miriam - Pois é, esse já atrapalhou vários encontros bilaterais.
Heródoto - Ah, então o que faremos do nosso casamento argentino?

Daí pra frente, a jornalista resolve falar “sério”. Ou seja, ataca a idéia de criação de um Gasoduto do Sul, de uma empresa aérea trilateral e reclama que Chávez terminou por atrapalhar um diálogo “mercado-mercado”
.Desce a lona do circo global. Há um momento que do ridículo não existe retorno. É quando o estúdio radiofônico se transforma em picadeiro.

Comentário de leitor do Rpública Vermelha:

Eu tinha enorme admiração pelo Heródoto. Deixava compromissos de lado para ouvir um pouco mais a rádio... eu admirava ele com seus consecutivos prêmios dos "críticos de arte", foi ele que, quando eu ainda era um menino - e Lula ainda não era uma "ameaça" à elite asquerosa -, me fez interesar-me pela história, pela questão dos direitos humanos, pela língua, pela democracia...
Já faz uns três anos que não sintonizo alí, aliás, agora me prendo só à internet... Uma pena, vejo que todas aquelas palavras não passavam de pura retórica. Fico com a impressão que, na verdade, o que eu adorava eram os prêmios que ele ganhava e não o seu trabalho jornalístico, hoje, pra lá de partidário.
Aprendí não confundir mais inteligência com sabedoria. Esse sujeito se tornou patético e prova ser, na realidade, anti-democrático; Ele não presta.
A mim conseguiu enganar durante muito tempo. Entrará para história como um "jornalista" letrado, bem humorado e trabalhador, mas que com o apoio e poder nas mãos se ACOVARDA diante das suas responsabilidades para com cidadãos brasileiros. COVARDE!

Tio Lukas faz essas as suas palavras. Pra não perder a boquinha, Heródoto se entregou. Também peguei nojo.