23.7.08

Engavetamento

De Carlinhos Medeiros, do Bodega Cultural:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, (PMDB-RN) arquivou o pedido de impeachment de Gilmar Mendes. A justificativa foi "falta de elementos jurídicos para sua fundamentação" para dar continuidade ao processo (...)
Nosso Legislativo se iguala ao judiciário em termos de pouca vergonha. Por uma tapioca de 8 reais instauraram uma CPI com ampla cobertura na mídia nacional.
Logo em seguida, montaram outra, agora para apurar denúncias contra Dilma Roussef, ministra da Casa Civil, de ter influenciado a venda da VarigLog para a Volo, empresa constituída pelo fundo norte-americano Matlin Patterson.
No circo montado, entra no picadeiro Denise Abreu, a denunciante, com uma mala atufaiada de provas que, para decepção das lentes da Globo, dos míopes parlamentares de oposição e dos milhares de espectadores da direta raivosa, permanece fechada.
Pronto. Tirem suas conclusões: Um ministro manda libertar o gângster que arrombou o País nas privatizações de FHC logo após ser preso, por duas vezes, e não se encontram elementos jurídicos suficientes para o pedido de impeachment do cabra, e nada de CPI.

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois o Gaudêncio Torquato, no Migalhas, aconselha para que haja mais harmonia entre os poderes... Pode? Não seria essa harmonia, que hoje existe, a causa de tanta corrupção, omissão e impunidade?
No entanto, existe uma cassação moral patrocinada justamente pelos juízes que o marcou para sempre. Parabéns senhores, digo, meritíssimos juízes. E que mérito! É disso que precisamos.
Ivan

Anônimo disse...

Na época, a TI era contra a mudança do Plano Geral de Outorgas (PGO), que impedia que uma mesma operadora fosse dona de mais de uma área de concessão de telefonia fixa. O sonho da Telecom Italia era poder operar telefonia celular e fixa em uma mesma área para poder concorrer com os espanhóis da Telefonica.

Dantas já defendia então a união entre a Brasil Telecom e a Telemar (antigo nome da Oi), o que contrariava os interesses da TI. O decreto para a mudança no setor que favoreceria Dantas teria sido preparado, segundo disse Provera, pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, investigado pela PF na Operação Satiagraha sob a suspeita de fazer lobby para o banqueiro do Opportunity.