Foi encontrado nesta terça feira, na cidade de Jardim(CE), o corpo de Luana de Jesus Amorim, de apenas quatro anos de idade, estuprada e morta por enforcamento.
O corpo estava jogado em um córrego com a boca cheia de folhas, artifício usado pelo criminoso para impedir os seus gritos.
Jardim é uma pequena cidade da região do Cariri. Com cerca de 27.000 habitantes, sua economia é baseada na pequena agricultura.
Luana tinha ido ontem com seus pais a um parquinho de diversão e sumiu. Amigos e parentes procuram a noite inteira, só descobriram hoje de manhã.
Ela foi brutalizada antes de morrer, mas não se tornou celebridade. Não foi capa de revista, não se transformou em manchetes de jornais e nem tampouco ocupou os horários nobres das TVs. Teve um enterro humilde, num caixão comum, num cemitério mal cuidado, mas não menos triste e dolorido. Não comoveu a nação.
Luana era linda, tinha uma vida toda pela frente, mas era filha de pais humildes, vai ver que foi por isso que as emissoras não deram tanta importância ao caso. Ela era pobre, não daria ibope.
Foi noticiado no programa sensacionalista do Edson Silva, um programa policial. Só. (Carlinhos Medeiros)
4 comentários:
Hipocrisia, essa é a verdade.
Quantas Luanas morrem anonimamente nesse Brasilzão de cidadãos tratados como de última categoria?...
Pobreza só dá IBOPE quando a polícia invade a favela...
é e assim caminha a humanidade
Ola Lukas.
Sabado fui em Mandaguari e conheci o CECAF, uma entidade que não tem ajuda nenhuma dos governo municipal ou estadual, que cuida de quase 30 crianças que foram vitimas de violencia infantil e abuso sexual.
Um lugar muito bem cuidado, as crianças bem cuidadas e educadas.
E ninguem conhece, nem o pessoal de mandaguari.
Ja o caso das 2 crianças que você menciona no post, talvez o caso da menina de são paulo estar próximo da midia nacional faz com que seja mais facil divulgar (não defendendo niguem).
A primeira parte deste comentário sobre o CECAF é para você ver e imaginar que todo dia em algum lugar do Brasil, tem crianças sendo abusadas, espancadas e mortas.
Eu vou começar ajudar do jeito que eu posso, não vou cair na história de que o governo deve cuidar disso porque pago imposto, porque a fome não espera, a dor de apanhar todo dia não passa.
Marcelo Franzoi
fracelo@gmail.com
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