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Lukas: Quando foi, e como você chegou aqui no barraco?
Tininha: Em julho de 2001 você foi me pegar lá perto da avenida Mandacaru. Era eu e uma irmãzinha brincando num quintal e você ficou uns 10 minutos pra escolher qual das duas ia pra tua casa. A gente era igualzinha. Tem horas que eu tenho saudades dela e acho que você tinha que trazer nós duas. Até minha mãe você tinha que ter pegado. Tem hora que eu acho que ela já morreu, a minha mãe.
Lukas: Mas é que eu só queria uma de vocês.
Tininha: Porque você não trouxe ela ao invés de mim?
Lukas: Fiquei mesmo um tempinho pra escolher qual das duas iria inaugurar nossa casa. Aí foi você. Mudando de assunto... do que você gosta e do que você não gosta?
Tininha: Eu não gosto de criança, citronela e da Poli [a boxer] quando ela pega pra me morder.
Adoro tomar banho; comer rúcula; repolho cru ou cozido, cenoura; correr atrás dos meus bichinhos e rolar em cima deles; entrar na casa (eu sei que você não gosta) e dormir na minha bacia cheia de panos.
Lukas: O que te marcou mais nesses seus sete anos de vida?
Tininha: O que me marcou mais foi minha perna quebrada, resultado do tombo que você caiu em cima de mim em 2001. Eu tinha três meses na época. Mas eu te perdoo. A moça tava limpando o chão, tava tudo ensaboado.
Lukas: Uma mensagem para o noqueiro e outros cachorros em geral.
Tininha: Uma boxer e uma vira-lata sempre convivem bem, desde que eu coma primeiro.
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