Tv pública

Uma recente pesquisa CNT/sensus constatou que grande parte da população (67,6%) não sabe sobre o projeto do canal popular. Mas não sabe porque as televisões, que concentram o maior poder de penetração não divulgam. E não divulgam porque não interessa aos seus acionistas nem aos seus cupinchas divulgá-la.
Assim como não interessa divulgar o dossiê “Políticos cassados corrupção eleitoral”, divulgado dia 4 relacionando os 339 processos julgados pelo TSE e os 623 políticos cassado, sendo a grande maioria do DEM (ex-PFL), PMDB e PSDB, que juntos totalizam 57% dos envolvidos, ou seja, mais da metade.
Não divulgam, por exemplo, que o PT, o grande vilão da corrupção segundo a vontade deles, aparece com míseros 2,9% do total e é o décimo na fila. Assim como não se interessam em divulgar que o mensalão tucano apelidado de mineiro, financiou a campanha de FCH e outros 177 envolvidos.
Mas os blogueiros com conteúdos bem que poderiam se unir para divulgá-la pelo bem do Brasil. A bodega terá o máximo prazer em fazê-lo.
Muitos comentários maldosos e desconexos já estão entupindo a internet, do tipo: “A TV STALIN não terá audiência e servirá apenas para dar dinheiro pra gang do Lula”.
Ou ainda: “a TV é chapa-branca, quando Lula sair do governo vai servir de plataforma para outros partidos”. Esses caras são tão estúpidos que qualquer projeto que beneficie a população, vindo de Lula não serve, porque a mídia faz deles verdadeiros mamulengos.
Conheço uma pessoa que publica uma revista mensal, onde destaca as personalidades do meio político e empresarial de sucesso na região. Durante várias edições o prefeito de uma cidade saiu estampado nas capas como “o prefeito do ano” ganhador de vários prêmios por sua gestão ética e responsável.
Ao perder a reeleição para o opositor, este mesmo veículo serviu para denegrir a imagem daquele que no poder, havia lhe sustentado durante anos. O bom agora é o prefeito eleito. E por aí vai.
Qual é a ética que estes senhores donos dos meios de comunicação, muitos deles politiqueiros cheios de laranjas que se utilizam de fundações culturais ou comunitárias de fachada para se beneficiarem, tem?
A ética da mídia vai até aonde alcança o tiro dos patrocinadores. “Pagou fala-se bem, não pagou leva cassete”, por isso, não pode existir ética numa mídia comercial e que serve de propósitos políticos. Todas são chapas-brancas, é só pagar. (Bodega Cultural)