13.6.07

Anjo da guarda

O Jornal da Tarde faz enquete entre os Internautas: Você acredita na existência de anjo da guarda?
Sim, mas nunca senti sua ajuda : 8.52%
Não, isso não passa de crendice popular : 7.96%
Sim, já senti sua presença em situações difíceis : 81.39%
Não, eu só acredito naquilo que posso ver : 2.13%
Eu já percebi algumas coisas estranhas. Não sei se é anjo da guarda, mas vou contar essa.
Há três anos eu voltei de um bate-papo que durou o dia inteiro com crianças de um colégio de Sarandi. Uma escola bem deficitária e localizada em um bairro idem. Fiz palestrinha e brincadeiras com as crianças na parte da manhã. Brinquei no "recreio" com elas e comi da merenda (macarrão com carne moída- uma delícia).
Na parte da tarde foi a mesma coisa e uma professora me deu carona até Maringá e me deixou no posto de gasolina. Tomei uma cerveja e fui pra casa, quatro quadras dali. Eram sete da noite, inverno, mês de julho e um frio danado. Fiquei pensando naquelas criancinhas, parei na esquina de casa e pedi pra Deus :" Não me dá nada que não seja saúde pra eu poder fazer mais vezes o que fiz hoje. O pouquinho que eu levei praquelas criancinhas fez um bem danado pra elas e mais ainda pra mim. Me dê saúde. Só isso que eu quero".
Pensando nisso, olhei pro céu e, nesse exato momento, uma estrela cadente zarpou e passou lá no alto, bem em cima da minha casa!! É verdade. Eu fiquei paralisado e comecei a chorar. Chegando em casa a Isa disse que eu estava branco e notou meus olhos lacrimejantes. Contei a ela o ocorrido e disse que foi uma coincidência.
" Coincidência nada- falou- Isso é coisa de Deus."
Na minha eterna dúvida, ainda aposto num anjo da guarda, que nos protege e orienta. Vai saber se depois que a gente se for não seremos um deles. Já pensou que trabalho mais glorioso?

Um comentário:

Anônimo disse...

Triste essa história e me fez lembrar de algo parecido que aconteceu comigo na década de 80.
Estava eu com uma fome da miséria em uma noite fria do mês de junho. Por meio de amigos, lembrei de um bar lá no Jardim Alvorada que fazia um mocotó de primeira e resolvi arriscar. Cheguei no boteco e rapidamente foi servído com uma enorme porção daquela sopa com pedaços imensos de osso e uma pratada de farinha de mandioca. Comi feito um condenado. Comi tanto que fiquei sem coragem sequer para pegar um ônibus. Por sorte apareceu um colega que me levou de carro até perto da minha casa. Enquanto andava, suando feito um estivador em dia de verão, pensava eu com meus botões: "Pôxa, Deus, como foi que você deixou um botequeiro daquele criar e vender este tipo de comida?". Bem, já estava perto da minha casa quando vi uma estrela cadente passar em cima do barraco. Quando cheguei na porta de casa meus olhos estavam empapados de lágrimas. Minha esposa quis saber o que acontecera e depois me disse que era coincidência.
"Coincidência nada - respondi. É caganeira mesmo, das bravas". Disse isso já desabotoando a calça correndo em direção da privada. Resoultado: caguei três dias sem parar e nunca mais voltei àquela porcaria de bodega.