A doença graças ao remédio

Fui a cardiologista nessa manhã para uma consulta. A cada oito meses, já há três anos, baixo por lá pra saber se tenho mais algum tempo de vida. Minha pressão arterial estava em 15 x 11. Alta, segundo os parâmetros da medicina.
O médico da clínica, gente finíssima, me deu uma amostra grátis de um remédio para hipertensão e que deverá ser administrado duas vezes ao dia por duas semanas. Se não empacotar até lá, devo voltar pra ver o resultado.
De acordo com as indicações da bula, os comprimidos servem para baixar a pressão arterial, apenas e tão somente isso. É claro que isso é o esperado. Mais aí, já se achando salvo com essa maravilha da farmacotécnica, o usuário começa a ler as seguintes reações adversas: cefaléia; vertigem; infecção viral; infecção viral do trato respiratório superior; tosse; diarréia; fadiga; rinite; sinusite; dor nas costas; dor abdominal; náusea; faringite; sonolência, tontura e palpitações.
Vômito; insônia; descoloração da pele; boca seca; cãibra muscular; pancreatite; ruido no ouvido e alteração no paladar, entre outros ferros.
Aí você se imagina andando na rua após tomar o remédio. E aí você está com o nariz vermelho e olhos lacrimejando devido à rinite, tossindo, encurvado por causa das dores nas costa e na barriga, cambaleando de tontura e sonolência, vomitando, mancando devido às câibras, suando e cagando na calça.
Será que vale à pena controlar a pressão? Compensa ir ao médico e ler a bula do remédio?