"O Brasil perdeu um grande homem. O empresário Octavio Frias de Oliveira passou pela vida deixando uma história de responsabilidade e de ética." MARCELO MIRANDA , governador do Tocantins (Palmas, TO).
Essa é uma das cartas publicadas na Folha de São Paulo devido à morte do proprietário daquele jornal, no dia 29 de abril.
De lá pra cá não se publica quase mais nada na seção de cartas da Folha, a não ser pêsames e choros e ranger de dentes. O Datanoca contabilizou os seguintes números do dia 30 até hoje (09/05) :
*Seção de cartas do jornal impresso: 162 mensagens de condolências
*Seção de cartas da Folha Online: 104 cartas com mensagens de "Oh meu Deus, e agora?"
Vale dizer que as cartas publicadas na versão impressa vêm do pessoal que sempre esteve "assim com o homem" ou que gostariam muito de fazer parte do clube mas não deu tempo.
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Ética na Folha?
Mino Carta, editor da revista Carta Capital fala o que realmente representa esse jornal:
“A Folha de S.Paulo nunca foi censurada. Ela até emprestou as suas C-14 [veículo tipo perua, usado na distribuição do jornal] para recolher os torturados ou pessoas que iriam ser torturadas na Oban (Operação Bandeirantes). Isso está mais do que provado. É uma das obras-primas da Folha... E hoje você vê esses anúncios da Folha – o jornal desse menino idiota chamada Otavinho [Otávio Frias Filho] – que parece que ela, nos anos de chumbo, sofreu muito, mas ela não sofreu nada.
Quando houve uma mínima pressão, o Sr. Frias afastou o Cláudio Abramo da direção do jornal. Digo que foi ‘mínima pressão’ porque o Sr. Frias estava envolvido na pior das candidaturas possíveis na sucessão do general Geisel. A Folha apoiava o Frota [general Sílvio Frota, ministro do Exército, da chamada linha dura, fascista]. O Cláudio Abramo foi afastado por isso”.
Até hoje a Folha de S.Paulo, que gosta de posar de democrata e transparente, tenta esconder esse período macabro que revela todo o seu caráter de classe e a sua postura direitista. Alguns jornalistas, talvez para conseguirem as benções dos Frias, fazem de tudo para relativizar o papel deste jornal durante a ditadura (...)
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Shadow, do blog Forums de l'académie
"É muito comum nestas ocasiões que muitos sejam contaminadospor uma amnésia oportunista e somente se mostrem capazes de realizarconsiderações elogiosas. Frias de Oliveira está muito longe demerecê-las. Fez de seu principal jornal um instrumento de conveniênciae barganha, extremamente manipulador e, portanto, mentiroso e com umpassado nefasto.
Nos últimos anos, a Folha procurava se apresentar como umbaluarte na defesa dos direitos democráticos e da cidadania. Era e étudo jogo de cena. Não suporta que o mundo discorde dela e, emespecial, a população, como vimos na reeleição de Lula, a quem elaatacou sem tréguas numa campanha em prol do PSDB. Além disso, é oúnico jornal do mundo, em que a direção de redação é herdada, ou seja,por direito divino. Otávio Frias Filho tornou-se diretor de redaçãopor ser filhinho de papai e desde que assumiu demitiu jornalistas pordivergências de concepção jornalística, afastou escritores como CarlosDrummond de Andrade, conseguindo fazer um jornal cosmético e a serviçode interesses vis. É mal de família.
Um comentário:
a folha é mesmo uma bosta.
Agora Otávio Frias e Roberto Marinho fundaram em sociedade a OQI comunicações (Organizações Quintos dos Infernos).
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