11.4.07

Sexo e cantadas no Hotel X

O Hotel X me proporcionou várias oportunidades de sexo -hetero e homo- com hóspedes e funcionárias. Tinha um corredor nos fundos onde ficavam os vestiários masculinos e femininos; era um deserto. Eu ia a cada meia hora pra fumar um cigarrinho e sempre tinha uma camareira na área, a maioria sempre flertando com o pessoal da recepção, eu incluído. Mas como eu era um babaca (e até hoje sou) nunca rolou nada.
Aliás, nessa época em que trabalhei no Hotel X, ninguém traçou ninguém, porque era muito movimento. Me lembro que quando eu passava no vestiário feminino, lá por cinco da tarde, a responsável pelo banho das meninas abria a porta só pra eu ver aquele monte de mulher pelada nos chuveiros. Elas gritavam e se escondiam como se não quisessem se esconder, virando a bunda pra porta. Era uma espécie de brincadeira e todos os dias nesse horário eu passva em frente. Depois de ver aquilo eu voltava pro vestiário pra fazer vocês sabem o que, né? Eu tinha 16 anos...
Enquanto isso a gerente ficava no aguardo e os pássaros cantavam lá fora.
Certa noite um hópede pediu que alguém fosse na rodoviária comprar uma passagem para Curitiba para o dia seguinte. Peguei a bicicleta cargueira e fui, doido pra ganhar uma gorjeta. Eram 10 horas da noite quando fui levar a passagem e o troco pro cara. Me pediu pra eu entrar no apartamento e colocar a passagem em cima do criado-mudo. Fiz isso, já achando estranho, mas esperando uns trocos. Quando estava saindo, já na porta, o cara veio se aproximando e falou " Sabe que você vale um Barão?" (Barão era uma nota de mil cruzeiros que hoje deve valer uns 50 pilas). E veio tentando me beijar na boca. Empurrei o filho da mãe e saí correndo. Quando cheguei na portaria estava dando risada e contei pro recepcionista e a gente riu mais ainda.
De outra vez se hospedou um diretor da General M... , vindo de São Paulo. O cara era uma bichona descarada e me apelidou de "P... Grande". Ficou uma semana no hotel e tudo que ele precisava no apartamento ele ligava na portaria e pedia pro "rapaz louro" levar pra ele. Quando eu chegava no apê, levando jornal, sabonete ou qualquer coisa que ele pedisse era uma cantada: "E aí, P... Grande, entra um pouco, vamos conversar". E eu saía dando risada pelos corredores. Na portaria, ele lendo jornal e vendo TV, me chamava pra pedir um refrigerante e dava uma cantada. Eu ia pegar o bagaio dando risada.
Certa vez chegaram duas mulheres aí dos seus 40 anos com shorts atoalhados, vindas do Rio de Janeiro. Subi pra levar a bagagem e um delas foi abrir a porta do apartamento enquanto eu segurava as malas. E é claro que foi por querer, pura provocação: uma delas encostou aquele baita trazeiro em mim e demorou uns 20 segundos pra abrir a porta, com a amiga ali, ao lado, toda fogosa e dando risadinhas. Coloquei as malas pra dentro e corri para o vestiário, vocês sabem pra fazer o que.
De vez em quando aparecia um loirona num Chevete e vinha pegar um hóspede qualquer. Tempos depois fiquei sabendo que ela era uma mulher de programa, que três anos mais tarde se "casou" com um dos filhos do proprietário do hotel Y- dia desses eu falo sobre meu trampo no hotel Y.
Bom... no hotel X havia uma ala de apartamentos que ficava no térreo e que a gente chamava de "Metrô". Era um corredorzão que ia lá pro fundos, nos vestiários. Aos sábados, muitos casais em lua-de-mel, ou não, procuravam o hotel e o porteiro alegava não haver mais vagas nos dois andares. Claro que tinha vagas, mas era esquema. Aí o mensageiro (eu) levava os pombinhos para o apê e eles se encantavam, já que a coisa era bem chique, assim como os outros apartamentos que ficavam nos níveis superiores.
Aí começava a jogada: no colocar as malas dentro, abrir a porta do banheiro e mostrar tudo, eu dava uma ajeitada na cortina deixando um brecha que dava pra um jardim interno, totalmente escuro. Aí eu e o porteiro do horário (ou outro mensageiro, já que o esquema era comum) nos revesávamos pra curtir o casal dando um L. A gente abria a porta do jardim e ficava espiando pela janela. Que loucura.
E depois eu ia pra solidão do vestiário.

9 comentários:

Anônimo disse...

Por isso que esse hotel foi "tombado", né?

Anônimo disse...

Agora entendi pq os rabiscos tem um estilo proprio, devido ao exercicio que praticava no vestiario do hotel.

Anônimo disse...

Puts, vai ser pun.... assim la longe, se fosse nos tempos de hoje certamente nao iria ficar na maria maricota, iria papar alguma amiguinha perva da escola, to errado?

Anônimo disse...

Sei não se nessas visitas ao banheiro vc nao foi por causa das cantadas das bichonas hehehehe

Anônimo disse...

Pode ter certeza, alisson. A habilidade que ele tem nas mãos tá explicada! Ninguém nasce sabendo desenhar! Tô viciado nesse blog, Lukas! Abraço.

Anônimo disse...

ISSO É COISA DE VEADO GALHEIRO...
PUTA MERDA, QUANTA IDIOTICE....

Anônimo disse...

PUTS CARA ESSA HISTORIA E UMA COMEDIA....

Unknown disse...

OLA..SOU DE CURITIBA
ADOREI SUAS HISTORIAS
ENGRAÇADA

Unknown disse...

ADOREI SUA HISTORIAS
IMAGINE
LOUKURA
AFFFFFFFFFFFFF