14.12.06

Tadinho do Cony

*Carlos Heitor Cony trabalhava no Correio da Manhã, no Rio, em 1965, e foi forçado a se demitir, por pressão dos militares, segundo argumenta, por haver escrito um artigo com crítica ao Ato Institucional nº 2. Cony solicitou e obteve uma indenização superior a 1,4 milhão de reais, pelo acumulado das perdas que supostamente sofreu ao ser perseguido pelos militares, além de uma pensão mensal de 23.187,90 reais reduzida para 19.115 reais. (Observatório de Imprensa-16/11/2004 )
*Aos ricos, as batatas. Aos pobres, restará o consolo de servir ao Estado dos ricos. E receber o Bolsa Família como prêmio por bom comportamento. (Cony, hoje, em sua crônica, na Folha de São Paulo)

Houve uma época em que eu até gostava do Cony, mas é por essas e outras que eu peguei nojo, dele e da Folha. Asco mesmo. O véio recebe essa grana do governo (dinheiro nosso) e vem criticando Lula praticamente todos os dias (deve tá levando mais um por fora, da moçada da direitona).
Tenho um amigo de longa data, o Cândido, que foi preso e torturado na época da ditadura . Levou porrada e choque em tudo quanto é lugar do corpo e até hoje toma um porrilhão de remédios para combater problemas psicológicos .
Cândido, colaborava com a extinta revista Pois É, como revisor, e tem uma inteligência magnífica. Com a indenização, salvo engano, de 30 mil, comprou uma casa na vila Santa Izabel e mora sozinho. Volta e meia ligava pedindo uma grana, pra gás ou rango.
Trabalhou como porteiro num hotelzinho no centro da cidade e hoje entrega panfletos para uma clínica dentária.
Aí vem o nababo dar pau, quase todos os dias, no programa de ajuda ao pobres. Vai pra puta que pariu!! Tá com 78 anos, com o pé na cova. Vai fumar charuto com o Pinochet no inferno!!!
(Jacomino Pires- do Conselho Editorial)

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem um monte de gente fudida de verdade, com problemas psicológicos, neurológicos e físicos, e que por vergonha na cara nem pleitearam essa indenização.

Anônimo disse...

É isso aí.
E tem um monte de cara que diz que tava lá e tá mamando nas tetas.

O BHC mesmo, fez o quê? Escreveu uns artigozinhos rebeldes lá de Paris.

Heróis foram os manos que ficaram aqui.

Como diz o Ferrez: Herói é o tiozinho que levanta às cinco, toma um café preto puro e sai pro trampo. De ônibus, ou de marreca. Bate uma marmita noa almoço, com uma pinga prá acompanhar e ajudar a descer o rango. Bate massa o dia inteiro. Trabalha que nem jumento, prá ganhar a mixaria no fim do mês. E chega de noite em casa e ainda dá uma assistência prá nega véia. Esse é o cara.