7.11.06

Sobre cães

Os cães de rua sabem quando a gente gosta deles; deve haver uma intuição, um instinto, sei lá o que. Tio Lukas atrai os bichos de maneira incrível. É eu olhar os tranqueirinhas e eles já vêm balançando o rabo, e aí eu me acabo! Só falto chorar.
Tenho duas cadelas, uma boxer do tamanho de um bonde e uma virinha. Tudo que eu como no café da manhã, metade é delas; seja mortadela, queijo ou presunto pra acompanhar o pão. Noves fora o miolo do pão, que a bichas adoram.
O cães não sabem pedir; eles não falam. Eles latem, ganem, gemem, correm dos chutes, dos carros, até mesmo dos olhares perversos (o cães são sensitivos). Eles mendigam, imploram algo com os olhos, um carinho, um afago na cabeça, um tapinha no cangote e uma palavrinha amiga.
Fossem falar diriam "olhe pra baixo, me dê um pouco de atenção e carinho e talvez um alimento ou água. Eu não sei pedir como vocês fazem nas calçadas ou nos portões".

Só pra lembrar de coisas que já fiz pra essa raça da rua nos últimos 6 anos, perto do local onde moro:
- Todos os dias comprava carne no mercado (músculo) pra dar pra uma cadelinha preta que deu cria e fez o ninho no terreno a lado do mercado, na praça da entrada do Borba Gato. A coitadinha morreu atropelada quando me seguia na rua. Foi muito doído pra mim.
- Comprava 3 ou 4 quibes na lanchonete do posto e, disfarçadamente, dava pra um cachorrinho que sempre estava ali perto.
- Comprava moela ao molho num bar e levava pra um "amiguinho" que ficava numa rua abaixo da praça.
- Uma filha da mãe duma cadelinha viciou em eu dar mortadela pra ela às 5 e meia da manhã, quando vinha da padaria. Eu passava de bike e ela já ficava escalada, na espera. Comprava 5 fatias pra neguinha. A coisa durou uns 10 dias, e depois ela sumiu. Nunca mais a vi.
Até hoje, quando eu vou numa lanchonete aqui perto, a cachorrada come mais do que eu. No momento tenho 3 amiguinhos, que devoram frango à passarinho, moela e dobradinha. Eles merecem.

5 comentários:

Anônimo disse...

Entonces, Lukas, eu também arrumo pra cabeça quando se trata de gato e cachorro, de animais em geral. Já perdi a conta de quantos adotei tirando das ruas para tratar e dpeois doar, o que é difícil. No Dia de Finados, por exemplo, um menino da vizinhança lançou meia lajota num gato branco, adulto, e o bichinho ficou praticamente impossibilitado de andar. Eu, em compensação, andei pra cacete, de casa em casa, até achar o dono, que veio buscar o pobre para tentar cuidar. E ainda paguei o mico de ouvir três adolescentes de skate me chamando de vovô, enquanto eu batia boca com dois deles que ameaçavam incomodar o gato.

Anônimo disse...

Pô pessoal, se vocês gostam de ajudar os amiguinhos das ruas, que tal participarem de uma ONG que se dedica exclusivamente a eles?

A APARU de maringá faz isso! Acessem: www.aparu.org

Conheçam também o fotolog de adoção, organizado por voluntários da entidade:
http://adoteumamigo.nafoto.net

O trabalho lá é bem legal e muito recompensador!

Anônimo disse...

Nunca gostei de ter cães pois me apego muito.
Muito a contragosto meus filhos compraram um. cada vez que chego em casa o bichinho pula um monte e deita para que eu passe o pé na sua barriga.
Um dia quando cheguei em casa o bichinho estava muito doente, sentei na sala e ele caminhou com bastante dificuldade (se arrastou) até onde eu estava sentado e deitou de costas para que eu coçasse a sua barriga.
Foi terrível, me deixou mau pra danar.

Anônimo disse...

Saí de casa há um tempo atrás e encontrei 3 gatinhos recém-nascidos zanzando pela rua.
Parei o carro e esperei pela mãe que não apareceu...(Primeira decepção)


Arranjei uma caixa e levei pra clínica veterinária que trata do meu cachorro. Um vizinho disse que eu arranjar pra cabeça e, que o melhor a fazer era abandoná-los (Segunda decepção)

A funcionária não deixou nem eu entrar na clínica com os gatos, porque podiam estar doentes e contaminar os animais de luxo deles... (Terceira decepção).

Levei pro trabalho, comprei leite e arranjei um lugar mais quente e seguro para os gatos. Óbvio que fizeram a maior zona e sujaram todo o lugar (Quarta decepção - essa era óbvia, mas tive que limpar tudo).

Arranjei dois telefones de entidades protetoras que podiam me dar um destino para os gatos ( Dois dias ligando de hora em hora foram inúteis... ninguém atendeu )...(Quarta decepção).

Encontrei uma senhora que adotou os gatos... UFA.

Esileda disse...

Não sei se somos nós que os acostumamos mau ou eles no nos acostumam...rs...mas a Vida,Kakau e a Kitty (2 linguicinhas e 1 poodle)tb adoram qdo eu como qualquer coisa....não sei pq mas sempre tenho que dividir por 4 (rs)!