2.11.06

Mais um, puto com a Folha

Do Secretário de imprensa do Governo Paranaense, hoje, na Falha de São Paulo, sobre o editorial de ontem:
"O editorial "Volta a truculência" não apenas desrespeita o governador Roberto Requião como também revela desconhecimento sobre fatos ocorridos no processo eleitoral paranaense. A mídia local atuou com parcialidade. Na coletiva, no dia seguinte à eleição, o governador, de forma enfática, ressaltou o comportamento militante e faccioso da imprensa paranaense. Ele não inventou um complô contra a sua reeleição.
Ele existiu. Os principais veículos de comunicação fizeram causa comum com a oposição, a tal ponto de não se saber quando terminava o programa da oposição no horário eleitoral e quando começavam os telejornais. A mídia impressa transformou-se num panfleto calunioso, ofensivo, de fazer inveja aos pasquins sertanejos, do Nordeste profundo. Até mesmo o tal do "outro lado" -essa concessão normalmente hipócrita que se oferece a quem se critica- foi suprimido. De repente, o governador Requião aparecia como proprietário de apartamentos em Paris e em Miami, e isso era divulgado intensamente em todos os meios de comunicação, recusando-se e desprezando-se os desmentidos insistentes do governador e de sua família. Foram três meses de império do desrespeito, da calúnia, de acusações infamantes, de deboches.
Quando o governador reage a essa execução e cobra dos veículos o comportamento irresponsável, a mídia saca da algibeira os conceitos sagrados de liberdade de imprensa, de liberdade de informação, tão vilipendiados, tão ofendidos por ela. E a Folha, não informada sobre tais fatos, ofende o governador de forma abjeta, gratuita. Se o fato tivesse se dado em São Paulo (ou na Bahia, para citar um caso clássico), dá para imaginar a reação do jornal. Mas, como aconteceu no Paraná e a pessoa envolvida é o governador Requião, a Folha trata o caso com menosprezo, com superficialidade, com irresponsabilidade."

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