29.10.06

Terra de ninguém

Hoje de manhã, por volta de 10 horas, a praça Raposo Tavares estava dominada. Sem ter o que fazer, já tendo votado lá na Vila Esperança e tendo que esperar a circular pra voltar pra casa, parei perto de uma banca de revistas e passei um pano.
Contei 23 usuários de drogas (calculo que 8 deles sejam menores de idade). Após Datalukar do lado de fora, entrei na banca. Como já disse, eu sou meio doido.
Um menino de uns 14 anos entrou pra comprar 4 cigarros "picados" e levou esporro do dono, que alegou não vender cigarros para menores de idade. Depois, um dimaior chegou e comprou os cigarros pra ele. Logo após, durante cinco minutos, entraram mais três garotos pra comprar cigarros "soltos". Aí vem outro e trocou moedas por uma nota de 2 reais.
"O cara que vende droga [crack] não aceita moedas. Moedas no bolso dá rolo, faz barulho, pesa, e se precisar correr da polícia, atrapalha", me disse um rapaz que estava na banca. Minutos depois, um rapaz chega balançando moedas na mão, as troca por uma nota e cai fora. O objetivo era o mesmo: crack na cabeça.

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