João é um dos vendedores mais antigos e famosos de passes e de uso de créditos em cartões da TCCC, fora do Terminal Urbano de Maringá. Depois de quase cinco anos "trabalhando" sozinho contratou um rapaz, de apelido Neguinho, para auxiliá-lo na correria (a "terceirização" foi registrada em post do Casa, à época).
O rapaz recebia marmitex, 85 pilas por semana, água mineral, cigarro e outros mimos. João me disse hoje que o tal Neguinho o estava lesando, desviando grana. E a desconfiança já vinha de longe. Na sexta-feira ele demitiu o auxiliar. No sábado de manhã, ao chegar no local, o "empresário" viu o ex-funcionário, demitido na véspera, com cartões e passes, concorrendo com ele. A suspeita se confirmou.
"Onde ele arrumou o dinheiro pra comprar tudo isso? É lógico que ele tava me ferrando. Desviando o material", disse o passeiro.
Sinceramente, a freguesia agradece, já que o rapaz era um pentelho de marca maior. Alisando braço de moças. passando a mão no cabelo, (às vezes senhoras casadas), fazendo piadinhas de duplo sentido. Chamando mulheres de "minha linda", "ô tesourinho" para alunas da UEM, e por aí vai.
Sem contar quando entrava no ônibus pra conversar com motorista atrapalhando o acesso, ou passar o cartão para o usuário. E os assobios altos e irritantes, ao mesmo tempo em que gritava que tal ônibus de tal linha estava chegando ou saindo.
Espero que o João -apesar de ter atitudes parecidas com as do demitido - não o recontrate novamente. Nossos ouvidos e as camisetas brancas das estudantes agradecem.
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