8.5.06

Sindicalismo no Iraque

A "grande imprensa" não dá uma linha sobre o fato.
De tanto ver gente morrendo no Iraque [de 20 a 50 por dia] o noqueiro acredita que naquele país a construção civil gera um porrilhão de empregos, e que foi criado- mesmo em meio a carros-bomba, homens-bomba e execuções de moradores - um sindicato de trabalhadores?
A iniciativa foi do Movimento Operário Democrático e do Partido Operário Comunista- num país onde o desemprego chega a 70% e, quem consegue serviço, passa por condiçoes severas.

Uma fábrica de tijolos, perto de Bagdá, pagava aos operários 3.ooo dinares (R$1,50) diários. Os empregados exigiram aumento salarial, contrato formal e assistência médica no local de trabalho. Quando ameaçaram fazer greve, caso não fossem atendidas as reivindicações, foram ameaçados de demissão e de que seriam substituídos.
Os trabalhadores foram pra suas casas, pegaram em armas e fizeram piquete, por dias, na porta da fábrica, impedindo a entrada dos novos operários.
Resultado: depois de quase uma semana o proprietário da fábrica voltou atrás, e concedeu aumento de 500 rúpias diárias (25 centavos de real !!).
Os homens voltaram ao trabalho e o movimento foi considerado por todos como um "êxito estrondoso".
P.s.: Em fevereiro de 2006, 42 trabalhadores de uma fábrica de tijolos foram mortos dentro de três ônibus com tiros e granadas quando voltavam do emprego.
Seriam os mesmos?
(Postado por Emilio Zola, do Conselho)

4 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Fábrica de tijolo lá é o que não deve faltar com tanta destruição.

Anônimo disse...

Pra que falar do Iraque se no Brasil são assassinadas, diariamente, cerca de 80 pessoas? Quem está em guerra?

Anônimo disse...

Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
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