A "grande imprensa" não dá uma linha sobre o fato.
De tanto ver gente morrendo no Iraque [de 20 a 50 por dia] o noqueiro acredita que naquele país a construção civil gera um porrilhão de empregos, e que foi criado- mesmo em meio a carros-bomba, homens-bomba e execuções de moradores - um sindicato de trabalhadores?
A iniciativa foi do Movimento Operário Democrático e do Partido Operário Comunista- num país onde o desemprego chega a 70% e, quem consegue serviço, passa por condiçoes severas.
Uma fábrica de tijolos, perto de Bagdá, pagava aos operários 3.ooo dinares (R$1,50) diários. Os empregados exigiram aumento salarial, contrato formal e assistência médica no local de trabalho. Quando ameaçaram fazer greve, caso não fossem atendidas as reivindicações, foram ameaçados de demissão e de que seriam substituídos.
Os trabalhadores foram pra suas casas, pegaram em armas e fizeram piquete, por dias, na porta da fábrica, impedindo a entrada dos novos operários.
Resultado: depois de quase uma semana o proprietário da fábrica voltou atrás, e concedeu aumento de 500 rúpias diárias (25 centavos de real !!).
Os homens voltaram ao trabalho e o movimento foi considerado por todos como um "êxito estrondoso".
P.s.: Em fevereiro de 2006, 42 trabalhadores de uma fábrica de tijolos foram mortos dentro de três ônibus com tiros e granadas quando voltavam do emprego.
Seriam os mesmos?
(Postado por Emilio Zola, do Conselho)
4 comentários:
Fábrica de tijolo lá é o que não deve faltar com tanta destruição.
Pra que falar do Iraque se no Brasil são assassinadas, diariamente, cerca de 80 pessoas? Quem está em guerra?
Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
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